Clínica que faz cirurgia de catarata para pacientes de diversas cidades na Bahia, localizada na Rua Nestor Lopes, em Gandu, não oferece instalações, atendimento com qualidade e conforto para cirurgiados e acompanhantes, conforme relatos de quem usa o serviço. São cirurgias através de convênio entre o Serviço Único de Saúde (SUS) e a clínica Ocular Day e e Hospital, ou seja, pelo Sistema Único de Saúde.
Embora a iniciativa seja necessária, já que a doença catarata atinge muitos adultos, principalmente, idosos, mas precisa de um espaço físico e logística de atendimento acessíveis a todos, conforme disse o acompanhante Pedro Henrique.
Um dos problemas que ocorre durante a realização do mutirão da cirurgia está na quantidade de pacientes operados por dia. Por exemplo, no último sábado (24), uma cirurgiã executou cerca de 100 cirurgias. Nesse mesmo tempo, uma equipe de profissionais, incluindo oftalmologista e técnicos faziam revisão de quem fez cirurgia em 27 de janeiro e triagem para novas cirurgias. Com isso, demorava bastante o atendimento, sobretudo, porque a prioridade era atender cidades mais distantes, sendo que, muitos chegaram entre 4h e 6h e só foram liberados no turno vespertino. "Chegamos aqui 4h46, minha mãe passou pela revisão da última cirurgia por volta das 10h e fez a cirurgia as 16h08", disse L. Souza.
Em relação à estrutura de acomodação de pacientes e acompanhantes é outro problema que causa reclamação por apresentar desconforto e risco até para recém operados, pois segundo o sobrinho de um idoso que não quis revelar o nome, descreveu que ao adentrar na parte anexa do fundo da clínica não existe uma cobertura de qualidade, uma vez que estão instalados três toldos e quando a temperatura aumenta incomoda os olhos daqueles que foram submetidos a retirada da catarata. Ainda segundo o acompanhante, ficar exposto à temperaturas elevadas pode prejudicar o olho recém operado.
São disponibilizados dois banheiros, ambos com um vaso sanitário e uma pia para lavar as mãos, que está à disposição de várias pessoas ao mesmo tempo, sendo necessário, a manutenção da limpeza constante. Por isso, alguns preferem segurar as necessidades fisiológicas e fazer em casa.
Por fim, o acompanhante deve aguardar o paciente realizar a cirurgia na frente da clínica sob o sol ou chuva e sem banheiro ou água para beber, porque após a última etapa do procedimento cirúrgico é recomendado andar cerca de 400 metros até o acesso e saída principal do estacionamento clínico.
Até o fechamento desta matéria, a clínica não respondeu o contato da redação do Repórter Bahia para falar sobre a denúncia.