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Caso trigêmeos de Gandu

Família aciona Justiça contra Estado e município, após perder bebês por demora de UTI Móvel em hospital de Gandu

Enfim, a família busca apenas respostas diante da Justiça sobre o direito assistido pela constituição federal de ter saúde pública adequado


Os pais, Erisvaldo Freitas dos Santos e Jailma Santos Silva Freitas acionam a Justiça após a morte dos bebês trigêmeos. Eles nasceram prematuros e precisavam com urgência ser transferido e realizar internamento em uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Sobre este caso, a Secretaria de Saúde da Bahia não se manifestou através de nota, uma vez que, foi pedido um parecer esclarecendo qual a posição do Estado diante do ocorrido.

Já a Secretaria Municipal de Saúde de Gandu informou que, buscou meios que pudessem viabilizar a transferência e assegura que seguiu todo protocolo médico no atendimento de mãe e filhos. Ainda diz que; "A gestante envolvida no caso deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Municipal João Assis (HJBA), já em trabalho de parto com aparentemente 6 meses de gestação. A paciente deu a luz através de parto normal, o primeiro bebê nasceu morto, os outros dois nasceram com 600 gramas, prematuros e com insuficiência respiratória".

Um pouco sobre o caso: Relato do pai

A gestante deu entrada no Hospital João Batista Assis por volta das 8h15.

Primeiro óbito

9h35 o terceiro recém nascido faleceu. Uma equipe de profissionais da saúde até tentou reanimar o recém nascido, entretanto, já era tarde demais. Os outros dois ficaram dentro do berço térmico aguardando transferência numa UTI Móvel para a Maternidade José Maria de Magalhães Netto, que fica localizado na capital baiana, em Pau Miúdo.

Segundo óbito

"Infelizmente vi o segundo óbito com o meu primeiro bebê que nasceu às 15h40. No momento tive que chamar a enfermeira porque a sonda estava soltando e meu filhinho ficando roxo. A partir daí recebi a notícia que não resistiu", relata Erisvaldo.

Terceiro óbito

Segundo Erisvaldo, a UTI Móvel foi solicitada pela gestão do hospital de Gandu por volta das 18h e quando chegou de Jequié era aproximadamente 23h. Mas não era mais o suficiente para encaminhar o bebê para a maternidade em Salvador, pois a saúde dele se encontrava no estado crítico. Então, para ser transferido precisa ficar estável e apto para encaminhamento através UTI Móvel e 23h13 o segundo bebê veio a óbito.

Enfim, a família busca apenas respostas diante da Justiça sobre o direito assistido pela constituição federal de ter saúde pública adequado. Independente de quem se tornar culpado, ou seja, responsável pela falta de recursos de procedimento padrão no parto, principalmente de bebês prematuros. Além de, a ação judiação consta a forma de transporte de Jailma todas as vezes que precisou se deslocar até Salvador através da Secretaria de Saúde.

"Sobre transporte da gestante, a médica Licemary Guimarães Lessa, especialista em Genicologia e Obstretrícia, solicitou através de um receituário que seja realizado de forma adequado para melhor comodidade por se tratar de uma gravidez de risco. A médica ainda diz que Jailma estava edema descendente e com dispneia", conclui Erisvaldo.

A família questiona também; 'Por que a temperatura ficou baixa por horas onde estava o berço térmico? Por que os funcionários de serviços gerais entram sem fazer uso de avental, máscara e realizar a anti – sepsia rigorosa das mãos como recomenda o protocolo, onde também estava a incubadora e o berço térmico? E no momento que a enfermeira tentava reanimar o bebê por que estava sem luvas e mexendo no celular?'

Nota de esclarecimento da Secretaria de Saúde

Diante da repercussão do caso envolvendo a morte de bebês trigêmeos no município. A Secretaria Municipal da Saúde vem a público esclarecer a população, que a gestante envolvida no caso deu entrada no Pronto Socorro do Hospital Municipal João Assis (HJBA), já em trabalho de parto com aparentemente 6 meses de gestação. A paciente deu a luz através de parto normal, o primeiro bebê nasceu morto, os outros dois nasceram com 600 gramas, prematuros e com insuficiência respiratória.

A secretaria informa ainda, que a todo o momento, desde a entrada da paciente na unidade hospitalar, a equipe médica deu toda a assistência necessária, atendendo aos protocolos universais de saúde. Em seguida, o médico plantonista solicitou a transferência através de UTI MÓVEL para uma unidade de saúde de suporte avançado no Hospital São Judas Tadeu, mas, infelizmente todo suporte não foi suficiente.

A secretaria da saúde salienta ainda que disponibilizou a gestante um acompanhamento com médicos especialistas na capital do estado, onde o parto seria a princípio realizado. O Hospital Municipal João Assis deu todo apoio e assistência necessária, tanto a mãe, quanto aos bebês e utilizou todos os recursos e procedimentos disponíveis para salvar a vida dos recém nascidos; o que lamentavelmente não foi possível.

O HJBA vem passando por diversas mudanças e transformações tanto em sua estrutura física, quanto em sua equipe de profissionais de saúde, para melhor atender a população, infelizmente casos de alta complexidade requer suporte de grandes hospitais, que possuem Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e equipamentos avançados.

A Secretaria Municipal da Saúde lamenta profundamente o ocorrido e se solidariza com a família dos pacientes, se colocando a disposição para qualquer outro tipo de assistência que se faça necessária e quaisquer outros esclarecimentos.

ASCOM/Prefeitura de Gandu.

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