Após o novo aumento do diesel, válido a partir desta quarta-feira (29), os caminhoneiros da Bahia se reunirão na sexta-feira (1º) para decidirem o possível início de uma greve da categoria em todo o estado. De acordo com Jurair Oliveira, representante dos trabalhadores, a tendência é que haja uma aprovação da paralisação.
"Essse aumento abusivo está fora do normal. Está ruim pra todo mundo e para os caminhoneiros está pior ainda. Somos os primeiros a sentir esse impacto e agora aumentou demais. Aumentou quase 50 centavos no preço do litro. Não temos condições de rodar assim. Está inviável", afirmou Oliveira ao BNews.
O Presidente do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC), Plinio Dias disse ao colunista Chico Alves, do portal Uol, que o assunto vai ser tratado na próxima reunião das lideranças da categoria, que será realizada no dia 16 de outubro, no Rio de Janeiro.
"Tem vários motoristas querendo parar, mas tudo vai depender desse encontro no Rio", afirmou Dias à coluna. "Nossa intenção não é essa e sim sentar e dialogar pra todos saírem com ótimas condições de trabalho, sem ter que paralisar nosso país".
O anúncio do reajuste do preço do diesel foi feito pela Petrobras nesta terça (28). Com isso, o preço médio de venda nas refinarias passou de R$ 2,81 para R$ 3,06 por litro, um reajuste médio de R$ 0,25 por litro.
Nos postos de abastecimento, para o consumidor final, o preço deve subir R$ 0,22, considerando a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel. Segundo a empresa, o reajuste reflete "parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo e da taxa de câmbio".
"Após 85 dias com preços estáveis, nos quais a empresa evitou o repasse imediato para os preços internos devido à volatilidade externa causada por eventos conjunturais, a Petrobras realizará ajuste no preço do diesel A para as distribuidoras", informa nota da estatal.