Aprovado pela Câmara Federal na última semana, o projeto de lei 591/2021, da privatização dos Correios, deve ser votado pelo Senado nesta semana, mas deve encontrar resistência.
Líder da oposição na Casa, Jean Paul Prates (PT) criticou a política de privatização do governo sem a real avaliação das consequências para o país.
"Vender o patrimônio do povo brasileiro, sem se incomodar com as consequências futuras, é uma prática desse governo e que, infelizmente, tem passado por esse Congresso sem o exame mais aprofundado das questões", afirmou.
Zenaide Maia, senadora pelo PROS-RS, também lamentou a venda de um "patrimônio do povo" brasileiro e questiona a vontade do governo em se desfazer de uma empresa que gera lucro.
"Os Correios brasileiros, patrimônio do povo. A Câmara aprovou a venda dos Correios. Mesmo essa empresa dando um lucro de R$1,5 bilhão. Não dá para acreditar, vendendo o nosso patrimônio. Eu acho interessante, a gente aprovou Refis de grandes e médios empresários. Vende-se o patrimônio do povo, que o povo construiu, uma instituição centenária", completou.
O texto-base que passou pela Câmara prevê a venda completa da estatal para o capital privado, com condições impostas como o não fechamento de agências consideradas essenciais pela empresa que vier a assumir o controle do mercado. A substituta também deve tentar manter o caráter social dos serviços prestados hoje pelo Correio, que alcança praticamente todos os municípios do Brasil.