Sem acordo entre funcionários e empresa, a greve nos Correios irá a julgamento, informou o Tribunal Superior do Trabalho (TST). De acordo com a assessoria do tribunal, o processo será relatado pela ministra Kátia Arruda, que integra a Seção Especializada em Dissídios Coletivos. Ainda não há data para o julgamento.
Segundo o TST, nestas quarta (26) e quinta (27), houve reuniões no tribunal entre representantes dos trabalhadores e dos Correios, mas não houve acordo para a suspensão da paralisação.
O vice-presidente do TST, ministro Vieira de Mello Filho, apresentou uma proposta de renovação das 79 cláusulas vigentes no acordo coletivo, sem reajustes nas cláusulas econômicas.
A proposta chegou a ser aceita pelos empregados, mas os Correios só aceitaram a manutenção de nove das cláusulas.
De acordo com a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa dos Correios e Similares, os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de "negligência com a saúde dos trabalhadores" na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos.
A entidade argumenta que os trabalhadores foram surpreendidos com a revogação do atual acordo coletivo, que estaria em vigência até 2021.