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Bahia

Assédio moral, jornada exaustiva e falta de EPIs: trabalhadores da saúde na Bahia denunciam condições precárias

Em apenas uma semana, o número de profissionais de saúde infectados pelo coronavírus saiu de 140 para 647


Profissionais de saúde da Bahia estão denunciando condições precárias de trabalho no enfrentamento ao coronavírus. Eles reclamam de jornadas exaustivas, assédio moral, falta de equipamentos de proteção e pedidos de testes para a Covid-19 negados.

Entidades que representam os profissionais de saúde, a exemplo do Conselho Federal de Enfermagem, do Sindicato dos Psicólogos da Bahia e do Conselho Regional dos Fisioterapeutas e Terapia Ocupacional, se encontraram virtualmente nesta quarta-feira (13) para divulgar a situação.

Em apenas uma semana, o número de profissionais de saúde infectados pelo coronavírus saiu de 140 para 647. "Se o número de casos entre os profissionais de saúde continuar crescendo nessa proporção, teremos, nos próximos oito dias, 1.928 trabalhadoras/es da saúde contaminados, segundo cálculos exponenciais feitos por profissionais de exatas. Outra situação absurda são os vergonhosos contratos das empresas contratadas pela Sesab, que pagam R$ 2 mil a enfermeiros terceirizados, que contabilizam 50% dos trabalhadores, e um salário mínimo a técnicos de enfermagem", reclamou Aladilce.

A presidente do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), Maria Luisa Almeida, destaca que "não se trata só da falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), mas também de condições precárias em que os profissionais já passavam, como jornadas duplas de trabalho, salários baixos e que se agravaram mais ainda com essa nova situação".

Outro problema é o déficit de profissionais de saúde, o que ocasiona uma sobrecarga de trabalho. "Quem dá plantão de 12 horas, acaba dando de 24h. Tem que ter o número suficiente para cobrir todas as escalas", alertou a presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado da Bahia (SINDSAÚDE-BA), Ivanilda Souza. A Sesab deveria ter chamado os aprovados no último concurso, mas ainda não o fez".

"Precisamos de um apoio maior das vigilâncias de saúde do município e do estado. São centenas de denúncias por dia. O hospital Teresa de Lisieux, por exemplo, está ocultando informações, e estão maquiando a situação para proteger as instituições de saúde", frisou o representante do Conselho Regional dos Fisioterapeutas e Terapia Ocupacional, Gustavo Vieira.

* Com informações do BNews

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