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A pedido do presidente Jair Bolsonaro, o Ministério de Minas e Energia elaborou uma minuta com o objetivo de conceder subsídio na conta de luz para igrejas de grande porte. O documento já foi enviado ao Ministério da Economia, mas a articulação em torno do assunto gerou forte atrito no governo.
Segundo informações publicadas pelo Estadão, a equipe do ministro Paulo Guedes rejeita a medida, que vai na contramão da agenda do chefe da pasta, conhecido por defender a redução de benefícios desse tipo. O Ministério de Minas e Energia confirmou que o assunto está sendo avaliado.
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Diversos templos podem ser beneficiados, mas a ala evangélica é o principal alvo da medida, já que a bancada é a principal base de sustentação do governo Bolsonaro, que não tem medido esforços para atender suas solicitações desde que assumiu a Palácio do Planalto.
Vale lembrar que muitas igrejas já sinalizaram que estão à disposição do presidente para ajudar a coletar as quase 500 mil assinaturas necessárias para criação do novo partido Aliança pelo Brasil, criado pelo presidente.
Ao Estadão, o coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) disse que a concessão de subsídio na conta de luz para templos religiosos é "justa" e tem impacto "mínimo". Segundo Câmara, a medida não beneficiará apenas evangélicos e as igrejas não geram lucro. "Os templos religiosos só funcionam das 18h às 23h e é justamente nesse horário que as distribuidoras podem cobrar mais", afirmou. "Fechem todas as 300 mil igrejas no Brasil em um dia para ver o impacto social e na segurança no dia seguinte."
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O subsídio na conta de luz não é o primeiro agrado concedido por Bolsonaro aos evangélicos. Anteriormente, com o aval do presidente, o Congresso já havia garantido incentivos fiscais para igrejas até 2032.
O governo quer diminuir a conta de luz dos consumidores conectados à alta tensão como catedrais e basílicas. Ainda de acordo com Estadão, consumidores residenciais e pequenos estabelecimentos são conectados à baixa tensão e, por isso, pagam uma tarifa de mesmo valor, independentemente do horário.