Em primeira viagem internacional de seu terceiro mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou com o mandatário argentino Alberto Fernández em Buenos Aires, em que foram retomadas as discussões sobre uma possível moeda comum entre as duas maiores economias da América do Sul.
No começo desde mês, o tema também foi debatido entre o ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, e o embaixador argentino no país, Daniel Scioli. Na época, Scioli disse que o objetivo é fortalecer o bloco comercial e ampliar o vínculo entre os países da região. Para ele, a ideia não é criar uma moeda única como o euro — moeda oficial dos países-membros da União Europeia — mas sim uma para o bloco.
O instrumento — que, em tese, poderia impulsionar o comércio regional latino-americano e reduzir a dependência do dólar dos Estados Unidos — ganhou destaque novamente após os dois presidentes assinarem um artigo em conjunto, em defesa de uma moeda comum apelidada de "sur" (sul, em espanhol). Nesta segunda-feira (23), Lula confirmou a intenção durante discurso no país vizinho, ao lado de Fernández.
"O que nós estamos tentando trabalhar agora é que nossos ministros da Fazenda, cada um com sua equipe econômica, possa nos fazer uma proposta de comércio exterior e de transações entre os dois países, que seja feito numa moeda comum a ser construída com muito debate, muitas reuniões. Isso é o que vai acontecer", disse o presidente.