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Educação e Juventude

Conheça a jovem estudante do Cetep Baixo Sul, Iana Sara de Wenceslau Guimarães que representa juventude nacional estudantil

Fez parte do colegiado estudantil quando representou o Centro Territorial de Educação Profissional do Baixo Sul (Cetep)


Desempenhando diversos papéis na educação e na participação de juventude na política, a estudante Iana Sara, natural de Wenceslau Guimarães e estudante do Centro Territorial de Educação Profissional do Baixo Sul (Cetep). Ela está sempre ocupando alguma posição bastante valorizada na educação. Sendo o início quando fez parte do colegiado estudantil e representou o Cetep Baixo Sul na Bahia.

Entre os diversos papéis de protagonismo que desempenha como estudante, está o de influenciar uma geração de estudantes a ter perspectiva de transformarem-se por meio da educação. Atualmente, Iana Sara Diretora Nacional da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). "Hoje represento não somente os estudantes do Baixo Sul, como de todo o Brasil", disse I. Sara.

1. Quem é a estudante ou como é visto a estudante Iana Sara?

R: Chamo-me, Iana Sara, tenho 18 anos, sou da cidade de Wenceslau Guimarães e estudo no Cetep do Baixo Sul em Gandu. Sou Ex Líder estudantil territorial, eleita no ano de 2021, representando todos os estudantes dos colégios estaduais do baixo sul da Bahia neste período. No ano de 2022, comecei a construir o movimento popular de juventude da Bahia, e no mesmo ano assumi a posição de diretora Nacional da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). Hoje represento não somente os estudantes do Baixo Sul, como de todo o Brasil.

Posse dos diretores da UBES

2. Que tipo de identidade dentro da educação você conquistou e ainda deseja conquistar?

R: No Congresso da Ubes de 2022, foi eleita a nova gestão da entidade. Hoje sou a única representante da Bahia na executiva nacional, e assim carrego comigo a grande responsabilidade de levar as lutas das juventudes interiorizadas, sobretudo trazendo para o debate pautas de políticas públicas educacionais de acesso para os estudantes que vivem no interior dos estados. Paulo Freire cita que, quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser opressor. Dentro da Educação eu assumo o lugar de fala da Juventude, bem como defendendo que os estudantes passem a ser politizados e que comecem a defender os seus direitos, principalmente no ano de 2022, onde defendemos derrotar os inimigos da educação. Conscientizar a importância de apoiar quem cita Paulo Freire, e de apoiar o Professor!

3. Você levanta bastante a bandeira da democratização educacional. Que reflexão e que tipo de mudança pretende com essa luta?

R: A Democratização da Educação é algo imediato. Defendo uma educação pública, gratuita e de qualidade para todos! Superando a desigualdade social implementada no Brasil, para que tenha escolas com ótimas estruturas, professores qualificados, melhoria na merenda escolar, transporte e estradas de qualidade para nossos estudantes que vivem na zona rural das cidades. Defendo também intervenções de cunho cultural e social para dentro dos colégios, uma melhor preparação para o Enem, e políticas públicas para acesso ao ensino superior de filhos e filhas dos trabalhadores desse estado e país. Todas essas demandas continuarão sendo conquistadas como sempre aconteceram, com os estudantes protagonizando nas trincheiras de luta.

4. A escola feita também pelo aluno deve ser o caminho para impulsionar a qualidade do aprendizado, já que o modelo de democracia elimina qualquer tipo de restrição?

R: É de suma importância despertar nos estudantes a liderança ativa, despertar neles a vontade de questionar sobretudo o que acontece no mundo e na sociedade, por isso o estudante precisa saber que ele pode se organizar e ajudar na tomada de decisões sobre o próprio colégio. Qual seria o colégio dos sonhos? Você se sente representado dentro da unidade escolar? O que deve ser feito para trazer debates além de grade curricular? Debates como educação sexual, negritude, LGBTQIA+ entre outros debates importantes na formação social, a escola é o primeiro ambiente de interação em sociedade, e é lá que muitos aprendem a se compreender como ser humano. A escola deve ser um lugar para abrir dimensões de conhecimento e descobertas, se ela por si só não é, devemos construir para ser.

5. Foi líder de sala, foi representante territorial do Cetep Baixo Sul e agora Diretora Nacional de Cultura da Ubes. Parabéns. Descreva essas três conquistas. Que valor tem pra você?

R: Todos os dias é uma grande novidade tudo isso. Ser Líder de classe, assumir a liderança territorial foi uma experiência de formação para o que viria, e olha eu nem sabia o que o destino preparava. Representar o baixo sul, viver um mandato estudantil com 26 líderes territoriais de toda a Bahia foi importante para minha vida acadêmica, politica e cidadã. O resultado do mandato dos líderes territórios de 2021 foi a Bahia Model United Nations (BaMUN), um sonho que saiu do papel e se tornou uma realidade que hoje é evento oficial da Secretaria de Educação do Estado. Nesse evento, possui características de uma simulação da ONU, formulada por adolescentes de 15,16 e 17 anos de idade, sendo hoje, a maior simulação da Bahia com um milhão de investimento da Secretaria de Educação, que no período o secretário era Jerônimo Rodrigues. Hoje eu tenho orgulho dessa trajetória e de todas as Pessoas que conheci e que ajudaram no que sou hoje. A Ubes é um sonho realizado, e é um desafio também! Temos muitas conquistas para comemorar e outras para conquistar, organizar o Brasil, apesar de não é uma tarefa fácil, entender as demandas dos estudantes, resistir.

6. Na Ubes, que responsabilidade desempenha?

R: Sou diretora de Cultura da Ubes, me sinto a vontade nesse espaço, minha trajetória na cultura também não foi diferente da liderança estudantil. Joguei capoeira no ano de 2017-2018, graduada 3° corda no Grupo Raízes de Rua. Entre 2018 e 2019 participei do grupo de Dança Crazy for Dance também em Wenceslau Guimarães e durante esses tempos joguei futsal. Dentre todos esses espaços, foi gritante o debate de ausência de valorização cultural, pois a construção de Centros de Culturas nas cidades é uma luta dos estudantes Brasileiros. Hoje construo o RUASIA, coletivo Cultural do Movimento Popular de Juventude da Bahia.

Estudantes e diretores de grêmios da Bahia

7. Militante estudantil e política. Por que? Que base ideológica uma militante estudantil acredita e pratica?

R: Desde que me conheço por gente, a política sempre esteve presente na minha vida, por bases familiares que também vieram de militâncias. Por esses motivos sempre fui de expor meus pensamentos no colégio e de sempre pautar assuntos de negritude, feminismo, política. Então, isso foi algo algo sempre presente na minha militância, que por si só é ampla. Eu sou de esquerda e sou militante do Partido dos Trabalhadores e das Trabalhadores (PT). Seria injusto não está do meu lado, e do lado de quem sempre investiu nas universidades, em programas de inclusão social e moradia, de sustentabilidade, de colocar o pobre no orçamento, dar perspectiva de vida pra minha juventude preta, que antes tinha educação e trabalho e hoje tende a escolher trabalhar ou ir pro mundo do crime, já que as universidades estão sendo ocupadas pela classe média branca. Eu luto para que minha juventude tenha consciência de classe e mude esse cenário político.

8. Percebo que a cada passo que dar sempre há uma conquista almejada. Está difícil abdicar do lazer ou você não ver negatividade em sacrificar por um bem maior?

R: Quando faz o que se gosta não é abrir mão, é prazer. Esses são os espaços que fico feliz, nas construções, em debates sérios que levem a mudança e que tem relevância para a vida e sociedade.

9. Tem orgulho da pessoa que está se tornando?

R: Muito orgulho! A menina de 2019 não imagina a de 2022. Antes me locomovia apenas de Wenceslau até Gandu. Hoje em dia fui para Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro... Rodar os estados e conhecer todos os lugares que eu via apenas na televisão é uma grande felicidade pra quem é interiorizado. O mais magnifico disso tudo é que essas viagens inter estados são o que mais amo, uma vez que é politizar e falar sobre educação.

10. Ensino superior? Qual?

R: Ensino Técnico em Administração

11. Sobre o cenário político estadual e nacional, o que dizer ou o que te chama atenção? Cita os principais pontos que considera relevantes para promover progresso e democracia.

R: Primeiramente eu digo que o bolsonarismo não pode ser tratado como uma filosofia, mas sim, apenas uma consequência de tudo o que estava acontecendo no Brasil, todo o golpe que hoje foi desmascarado e entendido como uma forma de tirar o lula das últimas eleições, esses 4 anos de Bolsonaro na presidência foram 4 anos de retrocesso. Por outro lado, a avaliação e a expectativa que tenho do Lula Presidente é deixar o país estabilizado, e eu espero que ele organize a casa para que nas eleições após a ele a gente possa pensar em avanços reais para o Brasil, com candidatos jovens ocupando esses cenários políticos, inclusive esse período também é de incentivo para a juventude entrar na política para revolucionar! Em meus discursos tento o máximo aproximar a juventude dessa realidade. Para isso, o movimento que construo Movimento Popular da Juventude (MPJ) está com duas candidaturas jovens; Bia Caminha que é a vereadora mais jovem de Belém, atualmente está candidata a Deputada Estadual, Wesley Diniz presidente Nacional do MPJ que está candidato para deputado federal do Rio de Janeiro, temos também Hadesh, que é vereador da cidade de Maricá no Rio de Janeiro. São jovens que mesmo de longe estão expandindo coragem para novas figuras políticas de juventude no Brasil e na Bahia. O Iago Alves é o nome para vereador de Simões filho, e eu, quero aprender mais ainda! O lula vai concertar o Brasil, Jerônimo Rodrigues, candidato dos estudantes e da juventude baiana irá continuar investindo na Bahia, trazendo mais universidades, principalmente aqui no baixo sul. Não tem como errar nas eleições, Lula Presidente e o Professor Governador.

12. Considerações finais.

R: Primeiramente quero agradecer a equipe do Repórter Bahia por essa entrevista, ao Movimento Popular da Juventude ( MPJBa) , aos meus amigos e familiares, e ao Governo de rui costa e Jerônimo Rodrigues como Secretário de educação por todos os investimentos e avanços na educação baiana.

Iana Sara e Jerônimo Rodrigues na Convenção do PT Bahia

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