Apesar do chamamento nas rádios e redes sociais por apoiadores em toda a micro região, o movimento político, entre carreata e engajamento da militância, ficou muito aquém do esperado, acendendo um alerta vermelho.
A pouca participação popular, joga um balde de água fria nos apoiadores, que já comentam e começam a perceber que o candidato ao palácio de ondina parece ter grandes dificuldades em emplacar o nome fora da região metropolitana.
As visitas de Neto em muitas regiões, com raras exceções, tem sido muito abaixo do esperado, onde se vê fotos sempre em ângulos fechados para não demonstrar pouco público.
O neto de Antônio Carlos Magalhães vem enfrentando dificuldades, pois, a sua ligação e apoio a Bolsonaro desgasta sua imagem, tendo peso devastador, logo que 62% dos baianos têm preferência por Lula, a quem Neto já prometeu dar uma surra, quando era deputado federal e Lula presidente.
Pra piorar, nem tudo na política é como na teoria
A ida do PP para base de Neto e o lançamento de um nome novo pelo PT, parecia dar ao carlista sua grande chance, que logo anunciou vitória esmagadora no primeiro turno. Porém, nem tudo saiu como imaginado;
1 - Leão que se lançou como pré-candidato ao senado na chapa de Neto, logo desistiu, trazendo desconforto no grupo;
2 - O PP que afirmava levar quase uma centena de prefeitos não conseguiu, ficando muitos na base do governo Rui Costa (PT);
3 - Vários nomes disputavam a vice de Neto, no entanto, muitos abriram mão e até o momento, o pré-candidato segue sem vice a 60 dias da eleição;
4 - Neto segue sozinho em uma carreira solo, sem palanque presidencial, com o discurso de quem ganhar eu sou, o que denota falta de grupo e de um projeto político;
5 - Pra piorar, o PP confirma apoio à reeleição de Bolsonaro, o que liga Acm Neto ao presidente, mesmo que ele tente descolar a todo custo.
6 - Por último, terá seu eleitorado mais conservador dividido com Roma, logo que o ex-ministro como pré-candidato dará palanque a Bolsonaro na Bahia, ficando Neto asfixiado, logo que traiu Bolsonaro e com o risco de não polarizar.
Com tudo isso, o nome de Jerônimo Rodrigues ganha terreno como pré-candidato ao governo da Bahia, pois, além de já ter vencido sua dificuldade inicial de não ser tão conhecido, cola seu nome e sua imagem a Lula, majoritário em todas as pesquisas para presidente do Brasil e ainda tem como padrinho Ruy Costa, um governador bem avaliado e respeitado até pelos adversários. Sem falar dos dois grandes Senadores: Jaques Wagner e Otto Alencar.
Apesar de faltar pouco mais de 60 dias para o dia D, muitas coisas ainda podem acontecer, porém, o resultado dos últimos quatro pleitos no estado, não tem sido conforme mostravam as estatísticas dos meios de comunicação dominantes na Bahia e tão pouco com o oba-oba do já ganhou no primeiro turno, onde estes sempre terminaram derrotados.
Assim, acende o sinal vermelho para a campanha de Neto, que anunciou números gigantes nas pesquisas, mas não consegue juntar gente nos eventos por onde passa.
