A janela de migração partidária abre nesta quinta-feira (3) em todo o Brasil e segue até 1º de abril. Neste período, deputados estaduais e federais, além de senadores e governadores, podem mudar de legenda sem correr o risco de perder o mandato.
Fora desse intervalo, partidos que percam um representante podem reivindicar a cadeira e indicar um suplente ao posto, a menos que o parlamentar tenha autorização da Justiça Eleitoral para fazer a mudança de sigla.
A autorização para escolher um novo partido acontece em ano eleitoral, como em 2022, quando haverá, a partir de outubro, eleições para deputado, senador, governador e presidente.
Possíveis mudanças na Bahia
O deputado federal Marcelo Nilo deve deixar o PSB e está na mira do Republicanos. Ele é cogitado, inclusive, como candidato ao Senado na chapa de ACM Neto (UB), pré-candidato ao Governo do Estado.
O pré-candidato a governador João Roma (Rebublicanos), atualmente ministro da Cidadania do presidente Jair Bolsonaro (PL), deve migrar ao partido do chefe do Executivo para se consolidar como seu representante na Bahia.
Com isso, o Partido Liberal, que localmente está com Neto, deve ser reconfigurado. Uma das primeiras alterações deve ser a saída do presidente do diretório estadual, o ex-deputado José Carlos Araújo, que já tem portas abertas para o PDT.
Samuel Júnior e Alex Santana têm processo de expulsão em andamento dentro do PDT - por terem participado dos atos do Sete de Setembro - e não devem permanecer na legenda.
Pela primeira vez, as eleições brasileiras terão federações partidárias, que consistem na associação de legendas que vão atuar em conjunto, pelo menos, pelos quatro anos seguintes, sob pena de sofrerem punições.
Principalmente atraídos pelas federações, muitos deputados da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) devem buscar novos partidos, sobretudo os parlamentares da base governista, em meio às incertezas da chapa que vai concorrer ao Governo da Bahia.
A deputada estadual Mirela Macedo (PSD), por exemplo, comunicou em fevereiro sua saída da base do governador Rui Costa (PT). A parlamentar deve seguir para a base de Neto.
Outro exemplo é o do deputado Dal, que é especulado fora do PP, seu atual partido, para disputar uma cadeira na Câmara Federal. Ele tem conversado com algumas legendas, entre elas o PL.