Uma das sete babás que sofreram agressões pela ex-patroa, Melina Esteves França, é natural de Gandu. Ela se chama Taise Pereira da Cruz dos Santos, 34 anos e reside atualmente em Salvador.
Indicada por uma pessoa, Taise começou a trabalhar no dia 1° de maio de 2020 que perduraram 17 longos dias de sua vida. Ao Repórter Bahia, ela disse que a patroa não cumpria com a palavra ou ordens de serviços e era muito rude.
Relatos de Taise
No último dia de Taise na casa de Melina os episódios de agressões começaram quando a patroa não quis entrar em consenso por causa do horário serviço. "Quando questionada sobre o horário de trabalho, queria que eu fosse as 16 horas e eu não pude ir. Só podia ir as 17 horas, conforme combinado. Ela não gostou", relatou a vítima.
Ao chegar no apartamento, Taise encontrou a patroa estérica. "Eu disse; se fosse para ser assim, não dava para continuar. Ela veio para cima de mim e me bateu. Aí tentei fugir. Ela fechou a porta, mas a chave quebrou e eu não pude sair". Isso aconteceu por volta das 17 horas até as 21 horas do dia 17 de maio, conforme revelou a vítima que passou por momentos de torturas.
Início das agressões
Ela puxou meu cabelo e mandava eu ficar para trabalhar. Como é que vou ficar aqui se a senhora me agrediu? Eu quero ir embora, deixa eu ir embora. E aquela luta. Xingou-me de: Sua vagabunda, sua p... Pegou no meu pescoço e garguelou (afixiamento). Me deu um soco. Eu gritava socorro, socorro.
Na época Melina França, morava no bairro Colina de Piatã e o apartamento era no 4° andar, por isso Taise não pulou, pois estava com medo e além disso tinha rede de proteção na janela.
Só finalizou quando a própria patroa chamou a polícia militar e ainda disse que Taise tinha roubado um celular, sendo que ela vendeu. Em conversa com os policiais, ficou a palavra de Melina contra da babá que sabendo da sua inocência foi para casa. "Uma mulher manipuladora e mentirosa", disse.
Um boletim de ocorrência foi registrado e o mesmo advogado do caso de Raiana está prestando assistência jurídica, mas foi fechado meses depois sem indiciar Melina por agressões.
Por fim, Taise conta que seu esposo foi chamado pessoalmente de macaco e a sogra sofreu ameaças por telefone de Melina (patroa).
O caso é investigado pela 9ª Delegacia Territorial (DT/Boca do Rio). Segundo a Polícia Civil, a patroa foi intimada e prestou depoimento.
* Atualização as 13h