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Entrevista APLB: Falta de pagamento do piso salarial e de outros reajustes são alguns dos problemas que os professores de Piraí do Norte enfrentam

A APLB diz que a gestão municipal não dialoga com os professores.

Professores no prédio da prefeitura tentando diálogo com o prefeito. Imagem reprodução/Piraí Notícias
Professores no prédio da prefeitura tentando diálogo com o prefeito. Imagem reprodução/Piraí Notícias

Em entrevista ao Repórter Bahia, a APLB de Piraí do Norte relata problemas que os professores enfrentam contra a gestão municipal para que os direitos sejam cumpridos. Segundo a categoria, um dos piores problemas, está na falta de pagamento do piso salarial, bem como na execução dos reajustes conforme a lei estabelece.

Sem expectativas, a presidente da APLB, Iossimara Nunes Silva diz que a gestão municipal não dialoga com os professores. Desde que começou a luta em 27 de fevereiro, por meio do secretário de administração, Agnaldo Júnior, marcou três reuniões que nunca aconteceram, pois foram desmarcadas. Além disso, a secretária de educação, Professora Airan, não resolve nada.

Respeitando a constituição, o sindicato afirma que o movimento grevista acontece de forma parcial, pois a lei não permite adesão integral. Neste caso, o sindicato optou por dias letivos alternados, ou seja, dia sim, dia não.

Quando tem paralisação, fazem mobilizações, como por exemplo, passeatas e/ou se reúnem na sede da APLB para discutir os assuntos da categoria.

De acordo com a APLB, são três anos sem aumento de salário. De 51,81% de aumento do piso salarial, o prefeito deu apenas 7,5% em 2023.

Orçamento da educação do município

"Alguns lançamentos feitos pela gestão no Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Educação (SIOPE), estão errados e são valores que os professores não receberam", salienta o sindicato.

O sindicato dos professores contratou um auditor fiscal para fazer o balancete dos valores que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) paga, no entanto, não chega nas contas dos professores. "Não recebemos o piso salarial de 2022, porque ele não quis pagar. A cada ano o repasse do Fundeb aumenta, porém nosso salário continua estático", explica.


Outro agravante considerado pelos professores é o retroativo de 7,5% que o poder executivo de Piraí lançou no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). Ao analisar os contracheques, os professores afirmam que o dinheiro não entrou na conta.

Câmara de vereadores

Há um projeto de Lei na câmara de apenas 5% de aumento e o sindicato dos professores pleiteia 11,7%. "Trata-se, de um projeto de lei inconstitucional", contesta.

"Este projeto de Lei 5% era para ter entrado terça-feira (26), como não teve sessão, provavelmente será tramitado má próxima terça (2/4)", conclui.


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