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Comércio

Vendas do varejo baiano fecham 2022 em queda pelo 3º ano seguido (-3,4%)

Com a predominância de resultados negativos ao longo do ano passado, o varejo da Bahia fechou 2022 com um recuo acumulado de 3,4%

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As vendas do varejo na Bahia em dezembro de 2022 foram 1% menores que as de novembro do mesmo ano. Foi o terceiro resultado negativo seguido nessa comparação com o mês imediatamente anterior. Com esse resultado, o estado encerrou o ano com um volume de vendas ainda 9,2% abaixo do patamar verificado em fevereiro de 2020, antes da pandemia de Covid-19.

Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do IBGE, e não levou em consideração as influências sazonais no cálculo - que desconsidera, por exemplo, os efeitos de eventos recorrentes como a Black Friday e o Natal.

Ainda segundo o levantamento, no país como um todo, de novembro para dezembro, o varejo também retraiu, fechando em 2,6% negativos. A queda se disseminou para 19 das 27 unidades da Federação. A Bahia teve o 15° resultado entre os estados.

Com a predominância de resultados negativos ao longo do ano passado, o varejo da Bahia fechou 2022 com um recuo acumulado de 3,4%, se comparado com 2021. Isto porque, no confronto com o ano retrasado, foram registradas quedas das vendas em 9 dos 12 meses do ano passado.

Foi o terceiro resultado anual negativo consecutivo para o comércio baiano, que já havia se retraído em 2020 (-4,3%) e 2021 (-0,6%). Além disso, foi a terceira queda mais intensa entre os estados, acima apenas das verificadas em Pernambuco (-4,1%) e no Rio de Janeiro (-3,5%).

No Brasil como um todo, o volume de vendas do varejo cresceu 1,0% em 2022, frente a 2021, com altas em 20 das 27 unidades da Federação, lideradas por Paraíba (13,9%), Roraima (11,1%) e Mato Grosso (8,5%).

Móveis e eletrodomésticos puxam queda

O resultado negativo no acumulado no ano de 2022, frente a 2021, foi concentrado em três dos oito segmentos do varejo restrito baiano - que desconsidera as vendas de automóveis e material de construção. O maior responsável pela redução foi o setor de móveis e eletrodomésticos, que registrou uma queda de 21,2%.

O resultado representa para o setor, um recorde negativo nos 21 anos de série histórica da PMC, iniciada em 2001 para o indicador anual. A segunda retração anual mais intensa e também o segundo principal impacto negativo vieram das vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico (-8,0%). O segmento, que reúne lojas de departamento e os grandes varejistas do comércio on-line, havia crescido 11,0% em 2021.

O terceiro ficou com hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com queda de 1,4%, cujas vendas caíram pelo terceiro ano consecutivo, ainda que num ritmo menor do que o verificado em 2021 - quando o recuo havia sido de 9,5%).

Por outro lado, entre as cinco atividades com altas nas vendas em 2022, a
principal contribuição contra a queda do varejo na Bahia veio de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com um aumento de 8,8%.

O segmento, que cresce ano a ano desde 2018, registrou apenas o terceiro maior aumento entre as atividades, mas tem mais peso na estrutura do comércio no estado. Em 2022, na Bahia, os maiores aumentos das vendas, frente a 2021, ocorreram nos segmentos de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,4%) e livros, jornais, revistas e papelaria (9,6%).

Varejo ampliado

As vendas do comércio varejista ampliado na Bahia em 2022 também acumularam queda de 6,7%, em comparação ao ano anterior. O resultado foi o segundo pior entre os estados, acima apenas do verificado em Pernambuco (-10,1%), e ficou bem abaixo do nacional (-0,6%).

O varejo ampliado engloba o varejo restrito mais as vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, para as quais não se consegue separar claramente o que é varejo do que é atacado. O resultado negativo no ano passado, na Bahia, refletiu quedas em ambos os
segmentos.

As vendas de veículos, motocicletas, partes e peças caíram 15,0%, o segundo pior resultado anual da série histórica iniciada em 2001, superior apenas ao registrado em 2020, no auge da pandemia (-24,1%). Já as vendas de material de construção caíram 5,7%, mostrando um segundo resultado anual negativo consecutivo, ainda que em menor intensidade do que em 2021 (quando o recuo havia sido de 11,1%).

De novembro para dezembro de 2022, o varejo ampliado da Bahia teve variação positiva de 0,3% nas vendas, na série com ajuste sazonal. Já na comparação dezembro de 2022 e 2021, o estado manteve a segunda maior queda, de 7,1%, acima apenas de Pernambuco, que apresentou redução de 15,4%. No Brasil como um todo, os resultados do último mês do ano passado foram 0,4% e -0,6%, respectivamente.

Dezembro de 2022 X 2021

Apesar do índice negativo de dezembro do ano passado, se comparado com o mesmo mês de 2021, no último mês de 2022, as vendas na Bahia tiveram crescimento de 1,3%, mostrando um segundo resultado positivo, depois de sete quedas seguidas nesse confronto com o mesmo mês do ano anterior.

No mesmo período de comparação, entre dezembro de 2022 e dezembro de 2021, o desempenho do varejo baiano também foi melhor que o nacional, que apresentou um crescimento de 0,4%. No entanto, o estado ficou em 15° entre as 27 unidades da Federação, 17 das quais também registraram avanços nas vendas.



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