O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar de aumento no preço de combustíveis, em coletiva de imprensa ao lado do ministro Paulo Guedes nesta sexta-feira (22). Ele defendeu auxílio de R$ 400 até o fim de 2022 para ajudar os caminhoneiros a suportarem o custo do aumento do diesel.
"Sabemos que estamos na iminência de um mais um reajuste de combustíveis e, quando isso vai para o diesel, influencia diretamente na inflação. O caminhoneiro que transporta cargas pelo Brasil merece ter uma atenção da nossa parte. Foi decidido então um auxílio aos mesmos que custará menos de R$ 4 bilhões por ano, também previstos no orçamento", declarou.
"Não temos bola de cristal, nós sabemos que aumentando o preço do petróleo lá fora e com a variação do dólar aqui dentro, um reajuste tem que ser cumprido em poucos dias pela Petrobras", acrescentou.
Ele, que já defendeu a privatização da Petrobras, também se isentou da responsabilidade sobre o que acontece na estatal. "Indicamos presidente, mas não temos ascendência sobre ela. A Petrobras é auditada e fiscalizada por quase uma dezena de órgãos. Não existe da nossa parte um congelamento de preços, sabemos que as consequências [de um congelamento[ são piores que o aumento de preços em si", justificou.
Baseado no preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) de combustíveis, do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), a Bahia possui uma média de R$ 6,0440 por litro de gasolina. O estado ocupa hoje a sétima colocação em combustível mais caro do País.