O Centro de Operações de Emergência em Saúde (Coes), vinculado à Secretária Estadual de Saúde (Sesab) da Bahia, autorizou, nesta quinta-feira (15), o retorno gradativo das cirurgias eletivas em todo o estado. Os procedimentos estavam suspensos desde o ano passado em virtude da pandemia da covid-19. De acordo com o Coes, para que a retomada seja segura, a Sesab pede que as unidades de saúde mantenham o "uso racional de medicamentos, como sedativos e bloqueadores musculares, atualmente com risco de desabastecimento no mercado".
"Decidimos liberar as cirurgias eletivas, pois sabemos da demanda reprimida e da necessidade da população, mas é preciso entender que os mercados baiano e brasileiro não estão conseguindo atender de forma plena a demanda por medicamentos sedativos, limitando assim os estoques e, consequentemente, os procedimentos. Por isso, é necessário que as unidades atuem de forma racional e consciente no uso desses recursos, também utilizados no tratamento da Covid-19", comenta o secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas.
Retomada
Para a retomada, as unidades poderão realizar na totalidade os procedimentos ambulatoriais de pequenas cirurgias, sob anestesia local; cirurgias com anestesia locorregional; e procedimentos com bloqueio de plexo, raqui e peridural.Já as cirurgias com indicação de anestesia geral devem se limitar a 25% da capacidade operacional mensal da unidade, tendo como base de referência o ano de 2019. A exceção são para os casos em que possa haver prejuízo aos pacientes pela questão tempo-dependente, como em cirurgias oncológicas e cardíacas.
Ainda de acordo com o Coes, devem ser mantidas as orientações de resguardar todas as medidas de prevenção e controle de infecção para a covid-19, com adoção das medidas de biossegurança em todas as dependências físicas das unidades de saúde e o uso adequado de EPI"s pelos profissionais. As recomendações seguem as notas técnicas divulgadas pela Anvisa e COE Saúde.
Visitas e acompanhantes
Entre as recomendações para as cirurgias eletivas está a indicação para que pacientes internados não recebam visitas, mesmo que em leitos de enfermaria, e que sejam incentivadas as visitas virtuais, por meio de vídeo-chamadas ou ligações. Os acompanhantes estão liberados em unidades de internação abertas apenas para pacientes que necessitem de cuidado durante o período de internamento, conforme avaliação das equipes de cuidado multiprofissional e médica, com exceção dos casos previstos em lei.