O baiano de 32 anos acusado de matar um casal e dois filhos em Ceilândia, no Distrito Federal, atirou em quatro pessoas e trocou tiros com militares ao fugir de um cerco policial em Cocalzinho de Goiás, na noite de sábado (12), segundo o tenente Álvaro Mota, da Polícia Militar do Distrito Federal. Na fuga, ele colocou fogo em uma casa.
Lázaro Barbosa de Sousa não foi localizado até as 13h deste domingo (13). A PM usa helicópteros e cães farejadores nas buscas, além de apoio das Polícias Civil e Federal.
Os feridos foram levados a hospitais da região e estão com estado de saúde estável, segundo o policial.
Segundo a Polícia Militar de Goiás, homem teria reagido com 15 disparos de arma de fogo na direção da equipe durante uma abordagem e empreendeu fuga para dentro de uma mata próxima.
A polícia informou que Lázaro Barbosa está com um revólver calibre 32, além de outras armas e munições furtadas das fazendas que entrou.
Na região existem 17 fazendas, que estão ocupadas por forças policiais para garantir a segurança da população e encontrar o suspeito, como informou a corporação.
Invasão a fazendas
O oficial informou que Lázaro entrou em uma fazenda na zona rural de Cocalzinho e baleou um morador. Em seguida, fugiu para outra propriedade a 700 metros de distância e atirou em mais três pessoas que estavam acampadas no local.
Uma propriedade invadida pelo suspeito pertence a um soldado da Polícia Militar. No local, ele fez o caseiro de refém. "Quebrou tudo na propriedade, bebeu e fumou maconha. Obrigou o caseiro a fumar também", diz uma nota da PM-DF.
Família assassinada
Lázaro Barbosa de Sousa é suspeito de assaltar uma fazenda no DF, na quarta-feira (9). Durante a ação, a polícia informou que ele matou a tiros e a facadas o empresário Cláudio Vidal, de 48 anos, e os filhos dele, Gustavo Vidal, de 21 anos, e Carlos Eduardo Vidal, de 15.
No local onde os primeiros homicídios ocorreram, no DF, as três vítimas foram encontradas por bombeiros em um quarto da residência.
A esposa do empresário e mãe de Gustavo e Carlos Eduardo foi sequestrada e morta em seguida. O corpo de Cleonice Marques de Andrade, de 43 anos, estava em uma mata próxima à casa da família e foi encontrado no sábado (12).
A Polícia Civil do DF encontrou pelo menos dois esconderijos onde Lázaro Barbosa se escondia para cometer crimes na região.
Crimes em série
Lázaro é condenado por um homicídio na Bahia, e também era procurado por crimes de roubo, estupro e porte ilegal de arma de fogo no DF e em chácaras do estado de Goiás. Segundo a polícia, ele morou no Sol Nascente, no Distrito Federal, e em Águas Lindas de Goiás, no Entorno.
Em 8 março de 2018, o suspeito da chacina da família Vidal chegou a ser preso pelo Grupo de Investigações de Homicídios de Águas Lindas, mas fugiu do presídio quatro meses depois, no dia 23 de julho. Desde então, Lázaro estava foragido.
Em 26 de abril deste ano, ele teria invadido uma casa, no Sol Nascente. "Ele arrombou a porta da casa, trancou pai e filho no quarto e levou a mulher para o matagal, onde estuprou a vítima", diz a polícia.
Em 17 de maio deste ano, segundo a polícia, ele fez uma família refém na mesma região onde houve o triplo homicídio, também ameaçando as vítimas com faca e arma de fogo. Nesse crime, ele mandou as pessoas ficarem nuas e, das 19h até meia-noite, ele prendeu os homens no quarto e as mulheres "ficaram servindo jantar para ele", segundo a Polícia Civil.
Na quinta-feira (9), um dia após o triplo homicídio, segundo a Polícia Militar do DF, Lázaro roubou uma chácara perto da região onde praticou a chacina. Ele teria rendido o caseiro, o dono da chácara e a filha dele.
A Polícia Civil do Distrito Federal coordena uma operação para prender o suspeito. Equipes da Polícia Militar e da Polícia Federal também fazem parte da ação que mobiliza mais de 200 policiais e conta com drones e helicópteros.
Sobre o serial killer
Lázaro Barbosa nasceu em Barra do Mendes, no interior da Bahia. A Justiça da Bahia já expediu contra ele um mandado de prisão por homicídio qualificado, além de outros dois por roubo qualificado.