O Congresso americano, que certificaria os votos do Colégio Eleitoral nesta tarde, entrou em recesso inesperadamente. A sessão foi cancelada.
Uma mulher, de identidade ainda desconhecida, levou um tiro na tarde durante os protestos em frente ao Congresso americano. Ela está em estado crítico.
Os manifestantes se recusam a aceitar o resultado da eleição e conseguiram furar a segurança do prédio e escalar uma estrutura montada para a posse de Joe Biden.
Eles lutaram com policiais em traje de choque completo, alguns chamando os oficiais de "traidores" por fazerem seu trabalho.
Centenas de agentes da polícia foram mobilizados desde a noite desta terça (5), com a previsão de que apoiadores de Donald Trump convergissem para a capital americana para protestar contra a certificação das eleições.
Mais cedo, Donald Trump discursou para manifestantes a poucos quarteirões da Casa Branca e voltou a afirmar, sem provas, que a eleição foi fraudada. "Nós nunca desistiremos, nunca concederemos", declarou. "Nós pararemos o roubo".
No mesmo dia, o segundo turno das eleições para o Senado no estado da Geórgia está encaminhado para dar controle do Congresso ao partido democrata.
Trump criticou publicamente Mike Pence, por não ter atuado para impedir a sessão. Ele escreveu no Twitter que seu vice "não teve a coragem de fazer o que deveria ter sido feito".
Logo depois, ele pediu "paz" pela rede social. "Por favor, apoiem a polícia e a polícia do Capitólio. Eles estão verdadeiramente do lado do nosso país. Mantenham-se em paz!", publicou.
Pence também se manifestou pelo Twitter. "A violência e a destruição que estão ocorrendo no Capitólio dos EUA devem parar e isso deve parar agora. Todos os envolvidos devem respeitar os policiais e deixar o prédio imediatamente", disse.
O escritório da vice-presidente eleita, Kamala Harris, que também estava no Capitólio para a certificação, declarou que não comentará sobre o paradeiro dela, mas que ela está "segura".
(Com informações da CNN Internacional e da Reuters)