Um abalo sísmico de magnitude na escala Richter de 4.6 foi registrado em vários lugares da Bahia, inclusive, em Gandu e região, durante a manhã deste domingo (30). Algumas pessoas relataram o fenômeno e pequenos danos.
Ao Repórter Bahia, a moradora de Gandu, Jéssica Aragão disse que, ouviu um barulho e pensou que fosse um bicho andando no telhado; "Assim que ouvi o barulho olhei para o teto. Estava no meu quarto deitada e vi o hora que rachou. Pensei que tinha algum bicho, tipo gato no teto andando". Segundo ela, o forro de gesso rachou.
Diversos relatos na Bahia como, telha no chão, forro e parede rachados, além de objetos caídos no chão foram feitos. Até pensar que ia o imóvel ia desabar aconteceu, conforme relatos de moradores.
"Pensei que fosse uma empilhadeira em alguma obra da prefeitura"
De acordo com as informações da imprensa baiana, não só aconteceu em Salvador e/ou cidades do Recôncavo, como Vale do Jiquiriça, Muritiba e Santo Antônio de Jesus, e municípios do Baixo Sul baiano, como Gandu, Valença, Piraí do Norte, Presidente Tancredo Neves e São Miguel das Matas. Provavelmente, parte do nordeste teve tremor.
No dia 29 de julho quando ocorreu o abalo sísmico na escala Richter de 3.5 no litoral baiano, O coordenador do Laboratório de Sismologia (LabSis) da UFRN, Aderson Nascimento, falou sobre esse tipo incidência. Veja a explicação dele naquela época;
"Foi a cerca de 75 km ao nordeste de Ilhéus. É possível que algumas pessoas de manhã bem cedo tenham sido, principalmente se tiver em um prédio mais alto, mas não é garantia, porque a distância é bem no limite do que se espera em termo de percepção das pessoas. Apesar de ser pequeno o suficiente para não ser percebido pela maioria das pessoas, ele foi bem detectado na nossa rede sismográfica, que a gente opera no Nordeste do Brasil", disse Aderson.
O coordenador do LabSis disse ainda que os terremotos podem ser sentidos no Brasil por causa da pressão das placas tectônicas, já que o país está no interior de uma delas.
"O Brasil, apesar de estar no interior de uma placa tectônica, não contém nenhuma área menos resistente [aos tremores]. Quando se começa a pressionar o continente, que o Brasil está sob pressão de leste para oeste, às vezes as falhas geológicas que estão nessas placas são reativadas. A explicação geral é de que eles acontecem como acontecem no interior da Bahia, no interior do Nordeste todo. São áreas que estão mais suscetíveis às pressões tectônicas e chegam ao ponto em que elas se rompem e essa energia que estava acumulada ela é liberada na forma de cismo e as pessoas percebem quando estão na superfície da terra, percebem as vibrações", detalhou.
No dia 19 de agosto na Cidade de Cachoeira também ocorreu o fenômeno.
Em São Miguel das Matas o tremor também foi intenso. O morador Jadson Penine conta que o chão chegou a tremer pelo menos três vezes. "A primeira foi 7h40, foi muito forte, balançou a casa. E agora, umas 8h15, tremeu de novo, forte. E 8h30 deu um fraquinho. Caíram produtos das prateleiras do mercado. Balançou tudo". A USP também notificou o abalo no município baiano.