A Petrobras anunciou nesta quinta-feiram (10), que elevará os preços do diesel em cerca de 25% em suas refinarias, enquanto os valores da gasolina deverão subir quase 19%, na esteira dos ganhos nas cotações do petróleo no mercado internacional em função da guerra na Ucrânia.
A Petrobras afirmou que aumentará o preço do diesel para R$ 4,51 o litro, ante R$ 3,61 reais. No caso da gasolina, o valor passará a R$ 3,86 o litro, ante R$ 3,25 , ambos vigorando a partir de amanhã.
O barril de petróleo no mercado internacional ultrapassou a marca de US$ 130 (R$ 656, na cotação de hoje) nos últimos dias, com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Quando a companhia anunciou o último aumento, em 11 de janeiro, o produto era cotado a cerca de US$ 83 (R$ 419).
O gás de cozinha passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%. A última alteração no preço do insumo havia ocorrido em outubro do ano passado, há 152 dias.
Em nota, a Petrobras diz que os valores "refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia".
"Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento", comunicou.
Ações da Petrobras sobem
Ações da Petrobras tinham as maiores altas da Bolsa de Valores brasileira (B3), por volta das 10h40 (horário de Brasília). As ações preferenciais subiam 3,9%, a R$ 33,83, enquanto as ordinárias valorizavam 2,85%, a R$ 35,68.
Na semana passada, cálculos da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Petróleo) apontaram que os valores médios do diesel e da gasolina da Petrobras nas refinarias era 25% menor do que o cobrado no exterior, uma defasagem não vista há cerca de 10 anos.
O chamado preço de paridade de importação (PPI) é o custo do produto importado trazido ao país. A atual política de preços da Petrobras busca seguir o PPI, para evitar prejuízos, considerando indicadores como o valor do barril do petróleo e o dólar. No entanto, a empresa tem demorado a fazer reajustes, alegando que assim evita repassar volatilidades internacionais ao mercado interno.
(Com informações da Reuters)