O Ministério PĂșblico estadual, por meio do promotor de Justiça Rodrigo Pereira Anjo, ajuizou ação civil pĂșblica contra o prefeito de Wenceslau Guimarães, Carlos Alberto Lioterio dos Santos, que "furou a fila" da vacinação do coronavĂrus. "Somadas todas as doses aplicadas (1ÂȘ e 2ÂȘ), no dia em que o prefeito foi vacinado, o municĂpio não tinha vacinado nem metade dos integrantes dos grupos previstos na primeira fase da imunização. No entanto, o prefeito e mais vinte casos suspeitos, sem nenhuma causa ou motivo, foram privilegiados na fila de vacinação, em detrimento de todos aqueles que mais necessitavam", destacou o promotor de Justiça.
O MP acionou também a coordenadora de Vigilância Epidemiológica do MunicĂpio, Jucineide Ferreira Cordeiro. Na ação, o MP requer que a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, no exercĂcio de suas prerrogativas, não permita ou convoque para a vacinação qualquer pessoa sem antes discriminar exatamente qual o cargo ocupado, mediante o recebimento e arquivamento da documentação pessoal, bem como da prova documental do nĂvel de risco exigido para o cargo, ou a comprovação do seu pertencimento aos outros grupos prioritĂĄrios da primeira fase e que ela também não autorize a aplicação da segunda dose, caso ainda não tenha ocorrido, de quaisquer das pessoas vacinadas irregularmente.
Além disso, o MP requer que a Justiça determine que o prefeito municipal não receba a segunda dose da vacina até que chegue o momento de vacinação do grupo no qual se enquadra, bem como ele não aprove a aplicação em qualquer outra pessoa que não se enquadre nos critérios do grupo um, em especial parentes, amigos próximos ou servidores municipais. "Foram verificados também casos de servidores pĂșblicos municipais que apesar de executarem atividade sem qualquer conexão com a ĂĄrea da saĂșde e/ou risco de exposição exigido para a prioridade (risco alto), foram contemplados nessa primeira fase de vacinação", afirmou o promotor de Justiça Rodrigo Anjo.